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24 de agosto de 2016

On quarta-feira, agosto 24, 2016 by Paróquia N. Senhora da Piedade - Coreaú - CE

F-90Com a Ficha 90, inicia-se a reflexão sobre a terceira parte do CDSI, apresentada no XII e último capítulo, denominado:Doutrina social e ação eclesial, cuja epígrafe já indica o seu conteúdo. “Para a Igreja, a mensagem social do Evangelho não deve ser considerada uma teoria, mas, sobretudo, um fundamento e uma motivação para a ação” (Centesimus annum, (CA) 57). Este capítulo está todo fundamentado na Constituição Dogmática Lumen Gentium e na Constituição Pastoral Gaudium et spes (GS), e nele pode ser encontrada a legitimação da Conferência de Aparecida, 2007, que convocou a Igreja para uma grande missão, chamando os cristãos de “discípulos missionários”. Este, então, é como um catecismo da DSI, no qual o cristão encontra as justificativas que ajudam a compreender as razões dos apelos sociais da Igreja para uma nova evangelização. Nessa Ficha, será abordado o primeiro tópico: “A ação pastoral no âmbito social”, dividida em cinco subitens, sendo que o segundo será tratado nas fichas subsequentes.




Na primeira parte, denominada “Doutrina social e inculturação da fé”, recupera-se a ideia, presente desde o início do Compêndio, de que a antropologia cristã abrange todos os aspectos da vida humana, os quais devem iluminar os autênticos valores humanos e sustentar o testemunho dos cristãos na vida pessoal, cultural e social. A Encíclica Rerum Novarum, primeiro documento do magistério pontifício sobre o assunto, tornou-se um paradigma eclesial e “conferiu à Igreja quase que um «estatuto de cidadania» no meio das variáveis realidades da vida pública”, o que foi confirmado com os sucessivos ensinamentos eclesiais até os dias atuais. A DSI coloca, então, o fundamento de todo agir humano para a realização de sua vocação integral. A Encíclica Redemptoris Missio afirmou que a ação evangelizadora deve plasmar toda a realidade humana, que se constitui na razão de a Igreja existir, dela derivando a sua missão. A ruptura entre Evangelho e cultura, em consequência, sobretudo, das novas tecnologias presentes em nosso tempo, coloca sérios e profundos questionamentos e desafios à ação eclesial, os quais exigem ‘uma nova evangelização, com novos métodos e novo ardor, a fim de atualizar o Evangelho de Cristo e torná-lo força viva e eficaz no mundo atual.
Na segunda parte, denominada “Doutrina social e pastoral social”, destaca-se a impossibilidade de a Igreja existir sem se envolver com a realidade social em que está inserida, pois a promoção da dignidade humana implica que sua ação seja social. A nova evangelização exige que o testemunho fiel seja uma pregação de tal modo, que seu anúncio se encontre “primeiro no testemunho das obras e só depois na sua coerência e lógica interna (CA, 57). O princípio fundamental da ação social dos cristãos deve inspirar-se no valor absoluto da vida humana e na defesa dos seus direitos (CA, 54). “A pastoral social esforça-se para que a renovação da vida pública seja vinculada a um efetivo respeito dos sobreditos valores”. De tal modo, a Igreja, mediante o seu multiforme testemunho evangélico, visa promover a consciência do bem de todos e de cada um como recurso inexaurível para o progresso de toda a vida social” (DSI 527).
A terceira parte, denominada “Doutrina social e formação”, destaca que, segundo a Exortação Apostólica Christifidelis laici, não pode haver uma formação cristã completa sem a referência à DSI, sobretudo aos leigos, para que possam se empenhar no campo social e político. A Igreja, em seu processo de catequese permanente, deve esclarecer que a libertação integral do homem, a busca por uma sociedade mais solidária e fraterna, a luta pela justiça e pela construção da paz decorrem do Evangelho de Cristo (Exortação Apostólica Catechesi tradendae, 29). O Concílio Vaticano II preconizou que o principal objetivo dessa catequese é transformar a realidade social, a fim de torná-la conforme ao desígnio divino. A catequese social formará pessoas respeitosas da ordem moral, amantes da genuína liberdade, que julgarão a realidade com critério próprio e à luz da verdade, e que agirão segundo o sentido da responsabilidade (Declaração Dignitatis humanae, 8). Para tanto, recorda três pontos fundamentais da formação, indicados pela GS, 75:
  1. A formação não é para acumular saber, mas deve fornecer ferramentas para que os cristãos enfrentem eficazmente as tarefas cotidianas, nos âmbitos culturais, sociais, econômicos e políticos, desenvolvendo neles o sentido de dever, praticado ao serviço do bem comum.
  2. Especialmente no âmbito da política, o CDSI recorda que a formação da consciência política deve preparar e sustentar os cristãos leigos no exercício do poder político, para que se entreguem a ele com zelo, sem pretensões pessoais e materiais.
  3. As instituições educativas católicas podem e devem desempenhar um importante serviço de encontro entre o Evangelho e os vários saberes, também chamado de inculturação da mensagem cristã. A doutrina social é um instrumento necessário para uma eficaz educação cristã direcionada ao amor, à justiça, à paz, assim como para amadurecer a consciência dos deveres morais e sociais, no âmbito das diversas competências culturais e profissionais. Um importante momento de formação são as “Semanas Sociais” realizadas e incentivadas pelas Igrejas locais (dioceses). Elas se constituem como um importante espaço para a formação dos fiéis leigos nos vários âmbitos da sociedade e para o debate dos problemas emergentes, e na busca de soluções conjuntas. O documento lembra a importância da DSI na formação dos presbíteros e dos candidatos ao ministério presbiteral a fim de que eles se interessem pelas questões sociais do próprio tempo e sejam capazes de enfrentá-las.
Na quarta parte, denominada “Promover o diálogo”, é enfatizada a importância da DSI no diálogo entre as comunidades cristãs e a comunidade civil e política, bem como um instrumento apto para promover e para inspirar atitudes colaborativas nos diversos campos: na defesa da dignidade da pessoa humana; na promoção da paz; na luta concreta e eficaz contra as misérias do nosso tempo, tais como a fome e a indigência, o analfabetismo, a ausência de distribuição de bens e a carência de moradias. Ações concretas unem as pessoas, favorecem o caminho ecumênico, as descobertas dos valores e da missão comuns, pois a essência de todas as religiões é promover a dignidade humana. Iniciativas conjuntas testemunham a fraternidade e o diálogo entre irmãos de diferentes confissões religiosas. Várias iniciativas provam isso: Os Encontros de oração realizados em Assis, as Semanas de Oração pela Unidade dos Cristãos, as Campanhas da Fraternidade ecumênicas da CNBB, etc.
Na quinta parte, denominada “Os sujeitos da pastoral social”, o documento recorda a definição dogmática da LG, que todo o povo de Deus deve corresponder ao dever de anunciar e testemunhar o Evangelho (cf. 1 Cor 9, 16). Os cristãos, agindo individualmente ou em grupos, associações e organizações, devem saber se propor como “umgrande movimento empenhado na defesa da pessoa humana e na tutela da sua dignidade” (CA, 3). Nas Igrejas particulares (dioceses), a ação social deve estar organizada a partir do bispo, padres consagrados e fiéis leigos, distribuídos nos vários organismos diocesanos e articulados através do Plano de Pastoral Diocesana. Não se trata de delegação a um grupo específico, mas todas as ações devem estar permeadas pela ação social da Igreja.
Não há como a Igreja estar presente no mundo moderno sem assumir a cultura do povo que pretende evangelizar. A força de sua pregação decorrerá, em primeiro lugar, do testemunho radical e profundo dos cristãos: clérigos, religiosos e leigos assumindo-se como “discípulos missionários”, que anunciam o que experimentaram na própria vida. Daí a necessidade de uma formação sólida dos agentes de pastoral, para que saibam reconhecer os sinais dos tempos e sejam pessoas abertas ao diálogo com todos os segmentos da sociedade.
       
Para Refletir:
1) Qual(is) dos cinco tópicos mais contribui(em) para a Igreja se fazer presente no mundo?
2) Qual o maior desafio para a Igreja agir no mundo com eficácia?

fonte: http://www.ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/ficha-90-a-dsi-e-a-acao-da-igreja-no-mundo-dsi-35/ 

9 de agosto de 2016

On terça-feira, agosto 09, 2016 by Paróquia N. Senhora da Piedade - Coreaú - CE
DIOCESE DE SOBRAL
REGIÃO EPISCOPAL VALE DO COREAÚ


1 de agosto de 2016

On segunda-feira, agosto 01, 2016 by PeJose
Brasília (Quarta-feira, 01-06-2016, Gaudium Press) O Mês Vocacional, a ser celebrado pela Igreja no Brasil em agosto deste ano, é uma atividade proposta pela CNBB com o intuito de buscar motivar a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, bem como conscientizar adolescentes e jovens ao chamado de servir a Igreja.
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"Misericordiosos como o Pai" (cf. Lc 6, 36) é o tema para o Mês Vocacional deste ano. Sobre este assunto, o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo referencial da Pastoral Vocacional, Dom José Roberto Fortes Palau, explicou que toda vocação à vida consagrada é resultante da misericórdia divina.
"É fruto do olhar misericordioso de Jesus; é dom de Deus para a Igreja. Aliás, como enfatiza o Papa Francisco, toda vocação nasce, cresce e é sustentada pela Igreja. De modo particular, a experiência de São Paulo destaca, sobremaneira, a importância da Igreja para o nascimento e a perseverança vocacional", destacou.
E sendo assim, para animar ainda mais o Mês Vocacional, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados (CMOVIC) e a presidência nacional da Pastoral Vocacional/SAV propõem subsídio, editado pelas Edições CNBB, com roteiros catequéticos, disponível para download.
Com três sugestões de encontros com os temas: "A Vocação Nasce na Igreja", "A Vocação Cresce na Igreja" e "A Vocação é Cultivada na Igreja", o material traz, ainda, o roteiro oracional, além de cantos e reflexões do Papa Francisco sobre as vocações.
O subsídio também indica três roteiros para auxiliar nas missas dominicais do Mês Vocacional: 7 de agosto - vocação ministério ordenado: diáconos, padres e bispos; 14 de agosto - vocação matrimonial; 21 de agosto - vocação à vida consagrada; 28 de agosto - vocação dos leigos.
Para o presidente nacional da Pastoral Vocacional, Padre Elias Aparecido da Silva, a data é um importante momento para a promoção vocacional nas comunidades.
"Precisamos aproveitar nossas assembleias reunidas, grupos já formados, momentos de oração comunitária e até mesmo os atos devocionais para insistentemente propor que todos rezem pelas vocações, para que o Senhor da messe envie santas e numerosas vocações, e ainda provocar nossos adolescentes e jovens para que respondam com generosidade ao chamamento de Deus", disse o sacerdote. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações CNBB


Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/79488-Disponivel-subsidio-para-o-Mes-Vocacional-2016#ixzz4G4cJSpMC