Business

30 de junho de 2014

On segunda-feira, junho 30, 2014 by PASCOM - coreaú
Os mártires viveram tudo em Cristo

Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Pauloa atual celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos protomárites da Igreja de Roma.

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos.

Os mártires viveram tudo em Cristo.

No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como uma seita, e inimiga, pois não adoravam o Imperador.

Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma, e a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos.

Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo, junto às feras. Cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes.

E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia.

O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador.”

29 de junho de 2014

On domingo, junho 29, 2014 by PASCOM - coreaú

Os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva.

Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.
Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.
Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.
São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

28 de junho de 2014

On sábado, junho 28, 2014 by PASCOM - coreaú
Hoje (28 de junho), a celebração de logo mais à noite, será realizada em comemoração ao aniversário sacerdotal do nosso pastor paroquial, que completando 11 de sacerdócio. Devemos rezar por ele para que Deus o ilumine e o abençoe para que conduza-nos com fé e dedicação que sempre nos conduziu.

Em nome da Pastoral da Comunicação,

PARABÉNS Pe LUCIONE
On sábado, junho 28, 2014 by PASCOM - coreaú
Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que torna muito importante os seus testemunhos doutrinais. Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para a França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Ocupou-se da evangelização e combateu principalmente a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito na questão da comemoração da festa da Páscoa, unindo a Igreja do Ocidente e do Oriente numa mesma data de comemoração da ressurreição. A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as Heresias", não só pelo lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de sua época. Uma perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lião, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no dia 28 de junho de 202.

Reflexão: Santo Irineu, cujo nome significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: "A ciência infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada, sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.

Oração: "Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

27 de junho de 2014

On sexta-feira, junho 27, 2014 by PASCOM - coreaú








On sexta-feira, junho 27, 2014 by PASCOM - coreaú
(Opusculum 3, Lignum vitae, 29-30.47 Opera omnia 8,79) (Séc.XIII)
Em vós está a fonte da vida
Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz, qual a sua dignidade e grandeza. A sua morte dá a vida aos mortos; por sua morte choram o céu e a terra, e fendem-se até as pedras mais duras. Para que, do lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram (Jo 19,37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-separa os que já vivem em Cristo bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna (Jo 4,14).
Levanta-te, pois, tu que amas a Cristo, sê como a pomba que faz o seu ninho na borda do rochedo (Jr 48,28), e aí, como o pássaro que encontrou sua morada (cf. Sl 83,4), não cesses de estar vigilante; aí esconde como a andorinha os filhos nascidos do casto amor; aí aproxima teus lábios para beber a água das fontes do Salvador (cf. Is 12,3). Pois esta é a fonte que brota no meio do paraíso e, dividida em quatro rios (cf. Gn 2,10), se derrama nos corações dos fiéis para irrigar e fecundar a terra inteira.
Acorre com vivo desejo a esta fonte de vida e de luz, quem quer que sejas, ó alma consagrada a Deus, e exclama com todas as forças do teu coração:“Ó inefável beleza do Deus altíssimo e puríssimo esplendor da luz eterna, vida que vivifica toda vida, luz que ilumina toda luz e conserva em perpétuo esplendor a multidão dos astros, que desde a primeira aurora resplandecem diante do trono da vossa divindade.
Ó eterno e inacessível, brilhante e suave manancial daquela fonte oculta aos olhos de todos os mortais! Sois profundidade infinita, altura sem limite, amplidão sem medida, pureza sem mancha!”
De ti procede o rio que vem trazer alegria à cidade de Deus (Sl 45,5), para que entre vozes de júbilo e contentamento (cf. Sl 41,5) possamos cantar hinos de louvor ao vosso nome, sabendo por experiência que em vós está a fonte da vida, e em vossa luz contemplamos a luz (Sl 35,10).
On sexta-feira, junho 27, 2014 by PASCOM - coreaú
Dom Moacyr faleceu na tarde desta quinta (26) vítima de um infarto fulminante

O Arcebispo de Curitiba Dom Moacyr José Vitti faleceu na tarde desta quinta-feira (26), por volta das 14h, vítima de um infarto fulminante. De acordo com a Arquidiocese de Curitiba, o Bispo estava na Casa Episcopal de Curitiba no momento de sua morte.

Nascido em dia 30 de novembro de 1940, na cidade de Piracicaba (SP), entrou para o Seminário Estigmatinos, fez o noviciado em 1960 e a primeira profissão religiosa no município de Casa Branca (SP).

Trabalhou por seis anos na Pastoral Vocacional e foi conselheiro provincial. Depois, por mais seis anos foi vice-geral da Congregação dos Estigmatinos em Roma e em seguida provincial da Província de Santa Cruz no Brasil.

Doutorou-se em Teologia na Universidade Angelicum, de Roma. Dom Moacyr foi nomeado como Bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba em 18 de novembro de 1987 e, em 2002, ordenado Bispo diocesano de Piracicaba (SP).

Após 2 anos, em 2004, Dom Moacyr retornou à Arquidiocese de Curitiba, onde foi nomeado Arcebispo, tomando posse no dia 18 de junho na Catedral Basílica Nossa Senhor da Luz dos Pinhais. Tinha como lema episcopal “Um só coração”.

Em maio deste ano, Dom Moacyr celebrou 10 anos como Arcebispo de Curitiba com uma missa de ação de graças na Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. 
On sexta-feira, junho 27, 2014 by PASCOM - coreaú
Hoje, fazemos memória de Maria, mãe de Jesus, com o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Este título chega entre nós através de um ícone, uma pintura de caráter religioso-místico, que data do período bizantino. Não sabemos quem foi o autor da pintura. A história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ficou conhecida a partir do século XV, quando esta pintura foi levada da ilha de Creta para Roma e colocada na igreja de São Mateus, onde foi venerada por três séculos.

Destruída a igreja de São Mateus, a célebre imagem permaneceu escondida até que, pela providência de Deus, foi descoberta e devolvida ao culto popular. Em 1866, por ordem do Papa Pio IX, o ícone foi confiado aos cuidados dos Missionários Redentoristas.
Atualmente, o ícone missionário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro se encontra na Igreja de Santo Afonso, em Roma. O centro da pintura não é Nossa Senhora e sim Jesus. Para se chegar a essa conclusão, basta traçar duas linhas imaginárias, uma ao longo do braço da Madona que forma um ângulo que aponta para o Menino. O mesmo indica os dois dedos da Madona, isto é, apontam para a cabeça do Menino Jesus. Isto mostra que o centro é Jesus Cristo, portanto é um ícone cristocêntrico. Maria é, assim, "aquela que indica o caminho", ou como é mais conhecida: "a via de Cristo". Nota-se também o olhar significante de Maria, isto é, o seu olhar está direcionado a quem olha o quadro e, ao mesmo tempo, a sua cabeça indica seu Filho Jesus. Deve-se observar a sandália do Menino que está desatada e mostra seu pé. Conforme a tradição oriental, mostrar a planta do pé é dizer que se é homem.

Assim, esta cena indica que Jesus mostra a planta do seu pé para dizer que ele é verdadeiramente homem. Outro ponto importante a se observar, se refere às cores das vestes e seus significados. No quadro a Madona se veste com túnica vermelha e manto azul. E o Menino se veste de túnica verde com faixa vermelha e manto ocre. Na simbologia oriental, verde e vermelho significam divindade. O azul e o ocre significam humanidade.

Oração: Ó Virgem do Perpétuo Socorro, Santa Mãe do Redentor, socorre o teu povo que ressurgir. Concede a todos a alegria de caminhar para o futuro numa consciente e ativa solidariedade com os mais pobres, anunciando de modo novo e corajoso o Evangelho de teu Filho, fundamento e cume de toda a convivência humana que aspira a uma paz justa e duradoura.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

26 de junho de 2014

On quinta-feira, junho 26, 2014 by PASCOM - coreaú
“A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”: este é o tuíte do Papa Francisco, neste dia em que foi divulgado o texto preparatório – o chamado “Instrumento de trabalho” – do Sínodo extraordinário de outubro próximo, que terá como tema “Os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização”.
Numa coletiva de imprensa, ao meio-dia, foi apresentado este texto, divulgado nas seis línguas oficiais do Sínodo: alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e português. O Instrumento de trabalho está disponível no endereço:

O documento contém e sintetiza as respostas ao questionário sobre os temas do matrimônio e da família, contido no Documento preparatório ao Sínodo, publicado em novembro de 2013.
A primeira parte – “Comunicar o Evangelho da família hoje” – reitera antes de tudo o “dado bíblico” da família, baseada no matrimônio entre homem e mulher, criados à imagem e semelhança de Deus e colaboradores do Senhor no acolhimento e transmissão da vida.
Uma reflexão específica é dedicada à dificuldade de compreender o significado e o valor da “lei natural”, colocada na base da dimensão esponsal entre o homem e a mulher. Para muitos, “natural” é sinônimo de “espontâneo”, o que comporta que os direitos humanos são entendidos como a autodeterminação do sujeito individual que tende à realização dos próprios desejos.
Outro grande desafio indicado pelo texto é a privatização da família, que já não é entendida como um elemento ativo da sociedade e a sua célula fundamental. Por esta razão, é necessário que os núcleos familiares sejam tutelados pelo Estado e recuperem o seu papel de sujeitos sociais nos diferentes contextos: trabalho, educação, saúde, defesa da vida.
A segunda parte do Instrumento de Trabalho – “A pastoral da família diante dos novos desafios” – chega ao coração dos desafios pastorais de hoje.
São muitas as situações críticas que a família deve enfrentar hoje: fraqueza da figura paterna, fragmentação devida a divórcios e separações, violências e abusos contra as mulheres e crianças (“um dado realmente muito preocupante que interroga toda a sociedade e a pastoral familiar da Igreja”), tráfico de menores, drogas, alcoolismo, dependência do jogo e também a dependência das redes sociais, que impede o diálogo em família e rouba o tempo livre para as relações interpessoais.
O documento sinodal destaca também o impacto do trabalho sobre a vida familiar: horários extenuantes, insegurança no emprego, flexibilidade que envolve longos trajetos, ausência do repouso dominical dificultam a possibilidade de estar juntos, em família.
O documento enfrenta, depois, as situações pastorais difíceis e sublinha que a coabitação e as uniões de fato são muitas vezes devidas a uma deficiência de formação sobre o matrimônio, a percepção do amor apenas como “um fato privado”, o medo do empenho conjugal entendido como perda da liberdade individual.
O documento dedica também uma grande parte às “situações de irregularidade canônica”, porque as respostas recebidas estão sobretudo focalizadas nos divorciados e casados novamente. Em geral, põe-se em destaque o número consistente daqueles que vivem com “negligência” de tal condição e não pedem, portanto, para se aproximarem da Eucaristia e da reconciliação.
Em certos casos, algumas Conferências episcopais pedem novos instrumentos para abrir a possibilidade de exercer “misericórdia, clemência e indulgência” para com as novas uniões.
O Instrumentum mostra que, para as situações difíceis que a Igreja não deve assumir uma atitude de juiz que condena, mas a de uma mãe que sempre acolhe os seus filhos, sublinhando que “não aceder aos sacramentos não significa ser excluído da vida cristã e da relação com Deus”
A propósito das uniões entre pessoas do mesmo sexo, se põe em evidência que todas as Conferências Episcopais dizem não à introdução de uma legislação que permite tal união “redefinindo” o matrimônio entre homem e mulher. Pede-se, contudo, uma atitude respeitosa e de não-julgamento em relação a estas pessoas, enquanto se destaca a falta de programas pastorais a este respeito, uma vez que se trata de fenômenos recentes.
A terceira parte do documento – “A abertura à vida e à responsabilidade educativa” – faz notar antes de mais que é pouco conhecida na sua dimensão positiva a doutrina da Igreja sobre a abertura à vida da parte dos esposos, pelo que é considerada como uma ingerência na vida do casal e uma limitação à autonomia da consciência. Daqui a confusão que se cria entre os contraceptivos e os métodos naturais de regulação da fertilidade. Relativamente à profilaxia contra a Aids, é necessário que a Igreja explique melhor a sua posição, também para contrastar algumas “reduções caricaturais” dos meios de comunicação e para evitar reduzir o problema a uma mera questão “técnica”, quando na realidade se trata de “dramas que marcam profundamente a vida de inumeráveis pessoas”.
O “Instrumento de trabalho” para a preparação e o debate da assembleia sinodal de outubro próximo se conclui com a Oração à Sagrada Família, escrita pelo Papa e por ele mesmo recitada por ocasião do Angelus de 29 de dezembro passado, festa da Santa Família de Nazaré.
Por Rádio Vaticano
- See more at: http://noticiascatolicas.com.br/confira-o-instrumento-de-trabalho-do-sinodo-sobre-a-familia.html#sthash.V44uhYb8.dpuf
On quinta-feira, junho 26, 2014 by PASCOM - coreaú
O Arcebispo de Salvador, na Bahia, e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, publicou nesta quarta-feira, dia 25 de junho, no site da Arquidiocese, um artigo referente ao mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.
“Um dos grandes teólogos do século passado, o alemão Karl Rahner, na apresentação de um livro sobre o Coração de Jesus, escreveu que no futuro do mundo e da Igreja o homem será um místico, isto é, uma pessoa com profunda experiência religiosa”, escreveu.
Segundo Dom Krieger, “o ser humano relaciona-se com seu Senhor utilizando-se de palavras, expressões e gestos tirados de seu mundo, de seu tempo, de sua realidade”.
O Arcebispo acredita que, se nossas expressões de Fé tiverem uma base bíblica, elas conseguirão ultrapassar culturas, épocas e costumes. Logo depois, citou que, “na linguagem bíblica, a palavra ‘coração’ tem um sentido profundo. Mais do que referir-se ao órgão físico, sintetiza a interioridade da pessoa, sua intimidade, o mais profundo do seu ser”.
“Por isto mesmo não deve ter sido difícil para os contemporâneos de Jesus intuir a profundidade de seu convite e de sua auto apresentação”, comentou.
Para Dom Krieger, o Apóstolo Paulo dedicou sua vida para anunciar a todos o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo que, através de sua experiência de Fé, conhecera tão bem.
“Também nós somos convidados a fazer uma profunda experiência da bondade do Coração de Cristo. Compreenderemos então o porquê de sua predileção pelos mais pobres, doentes e aflitos. Seremos tocados pelo seu ardente amor pelo Pai. Entenderemos, então, um pouco melhor seu amor infinito, esse amor que nos conduzirá ao dom total de nós mesmos, fazendo-nos penetrar no mistério do próprio Deus”, concluiu. (LMI)
Por Gaudium Press, com  Arquidiocese de Salvador
On quinta-feira, junho 26, 2014 by PASCOM - coreaú
Ontem, (quarta-feira, dia 25 de junho) foi realizada a oitava novena do Sagrado coração de Jesus na comunidade do Salva Vidas.











On quinta-feira, junho 26, 2014 by PASCOM - coreaú

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu.
O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária.

Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tamanho era seu entusiasmo que escrevia pequenas orações e poesias, que distribuía entre os fiéis para enriquecer ainda mais o culto e louvar o Senhor.

Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado".

Porém, no mês consagrado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, em junho de 1927, a horrenda perseguição atingiu a sua paróquia em Tecolotlán, e ele foi levado e encarcerado.

Alguns dias, ou horas antes de ser morto, padre José Maria escreveu uma poesia, na qual expressou seus últimos desejos: "Desejo amar o teu Coração, Jesus meu, com participação total, desejo amá-lo com paixão, desejo amá-lo até o martírio. Com minh'alma te bendigo, meu Sagrado Coração; diga-me: aproxima-se o instante da feliz e eterna união?"

No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria, exatamente pelo grande amor à Cristo, foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, diocese de Autlan, e mantido assim até morrer. Dessa maneira, seguiu para a feliz e eterna união no Sagrado Coração de Jesus, coroado com seu martírio final.

O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles. A festa de são José Maria Robles Hurtado foi designada para o dia 26 de junho.

25 de junho de 2014

On quarta-feira, junho 25, 2014 by PeJose

DSI-7

Se a Ficha anterior destacou a natureza teológica, nessa Ficha, a sétima da DSI, serão apresentados os acenos históricos da formação dessa Doutrina, que são abordados no último tópico do segundo capitulo do Compêndio: “Missão da Igreja e Doutrina Social”, os quais já foram também sinalizados na primeira Ficha.
a) Rerum Novarum (1891).
Embora o Magistério da Igreja tenha abordado questões sociais desde os primórdios do cristianismo, esta encíclica[1] de Leão XIII é o primeiro documento eclesial específico sobre o tema, inaugurando uma nova fase na relação entre a Igreja e o mundo secular. Trata-sede uma tomada de posição sobre a realidade que exigia o profetismo da Igreja no final século XIX: a situação de exploração dos operários que clamava por uma ordem social justa. Na encíclica Centesimus annus, o papa João Paulo II, afirmou que a RN se constitui como o grande paradigma da DSI, pois todos os sucessivos documentos retomaram aquele texto e o atualizaram, o que justifica ser chamada de Carta Magna da Doutrina Social da Igreja.
b) Quadragesimo anno (1931)
Lançada no 40º aniversário da RN, essa encíclica sinaliza o segundo momento importante na formação da DSI, que pode ser resumido em quatro pontos chaves: Primeiro, o papa Pio XI denomina o ensinamento social proposto desde a RN de “Doutrina Social”, termo que perdura até nossos dias. Segundo, o papa identifica como caótica a situação mundial provocada pela crise econômica de 1929, que afetou grandes contingentes da humanidade, e pelo cerceamento das liberdades individuais impostas pelos regimes totalitários que surgiam. Terceiro, o papa apela para o princípio da solidariedade, isto é, para a colaboração mútua entre os membros da sociedade. Embora essa afirmação possa ter sido vista como um limite, pois apresenta uma visão idealista da sociedade, é preciso ter presente que a Igreja tinha a compreensão de que a sociedade deveria se pautar pelos princípios evangélicos. Em relação aos empregadores, o papa insiste que o salário pago ao trabalhador deveria ser suficiente para manter a sua família. Quarto, o papa afirma que os Estados devem aplicar o “princípio da subsidiariedade”[2], que defende a autonomia das pessoas e sua dignidade, na perspectiva das realizações pessoais, isto é, que o Estado deve garantir que os vários segmentos da sociedade civil cumpram a sua função social de promover o bem comum, naquilo que hoje chamamos de ‘políticas públicas’, e não controlá-los ou impedi-los de exercer seus direitos. Por outro lado, o papa rejeita o liberalismo como concorrência ilimitada, o que permite entender que além de criticar o liberalismo econômico, a Igreja critica o Estado por omitir-se diante da crise causada por esse regime econômico. Em função do principio da solidariedade, o Estado teria a obrigação de impedir que interesses de grupos econômicos se sobreponham à sociedade e ao bem comum.
c) A marca característica do papa Pio XII foram as radiomensagens e, em muitas delas, pode-se perceber a contribuição para a formação da DSI. A grande contribuição deste papa reside na afirmação que urgia uma nova ordem social fundada na justiça social e na paz e que fosse orientada pela moral e pelo direito. Esta visão foi retomada e ampliada na Constituição Pastoral Gaudium et Spes. O Compêndio destaca que o ensinamento do papa Pio XII representou a ‘voz da consciência universal’ num dos períodos mais críticos da Historia, o da segunda Guerra e seu período imediato.
d) O quarto momento de atualização da DSI a ser destacado é o magistério exercido pelo papa João XXIII. Atento aos sinais dos tempos, em 1961, o papa promulgou a encíclica Mater et Magistra, na qual apresentou uma leitura positiva da sociedade, afirmando que a comunidade humana tinha condições de superar as dificuldades sociais que assolavam o mundo. Bastava para isso inverter a lógica do sistema, fazendo com que o desenvolvimento econômico e técnico estivesse em função da humanidade e da dignidade humana. Na encíclica Pacem in Terris, (1963), ele retoma a questão da Paz e da Dignidade Humana em função da ameaça da proliferação de armas nucleares e convida “todas as pessoas de boa vontade” a se engajarem na construção de um mundo melhor, destacando aqueles que exercem funções públicas na comunidade mundial. Também a convocação de João XXIII para o Concilio Vaticano II deve ser vista como promoção da DSI.
e) O quinto  momento foi a fundamental contribuição dada pelo Concilio Vaticano II, especificamente através da GS, que expressa uma Igreja que deseja estar atenta aos problemas do mundo e ser solidária com o ‘gênero humano e sua história’. Os seus principais tópicos foram abordados na perspectiva da antropologia cristã e da Missão da Igreja: a cultura, a vida econômica e social, o matrimônio e a família, a comunidade política, a paz e a comunidade dos povos. A chave de interpretação da GS é a pessoa humana e em função dela é que existe a sociedade e tudo o que dela decorre. Associada à GS está a DH, que proclama o direito à liberdade religiosa como um importante direito humano e a GE, indicando que a educação é fundamental para o desenvolvimento social. Além disso tudo, o Vaticano II teve o mérito de abrir as portas do Igreja para o novo, para o diálogo com o mundo, o que possibilitou o reavivamento da visibilidade da Igreja para a humanidade.
f) Como sexto momento, destaca-se o magistério exercido pelo papa Paulo VI, que foi o responsável pela continuação e implantação do Concilio Vaticano II. A encíclica Populorum Progressio (1967), retomou o tópico  da vida econômico-social da GS, o que demonstra o empenho pessoal do papa na elaboração e promulgação daquela Constituição. O papa destaca que só haveria desenvolvimento integral quando houvesse promoção da dignidade humana. Para tanto, era preciso promover a cultura e a dignidade humana, através de ações de justiça social realizadas mundialmente. Por fim, acrescentou que o desenvolvimento integral era condição sine qua non para a Paz, tanto que  afirmou que Desenvolvimento era o novo nome da Paz. Como consequência, no mesmo ano, criou o Pontifício Conselho Justiça e Paz, e inseriu no calendário cristão, a partir de 1968, o dia Mundial da Paz. Nos 80 anos da RN, foi promulgada a encíclica Octogésima adveniens, na qualo papa afirma que as ideologias eram  insuficientes para resolver os problemas sociais do mundo, numa clara alusão às tensões socioeconômicas e políticas da década de 70.
g) O sétimo momento importante se dá com o magistério de João Paulo II, dividido em 3 documentos. Ao destacar a importância do trabalho na dignidade humana na encíclica Laborens exercens, (1981), o papa afirma que, antes de um dever, o trabalho é um direito fundamental do ser humano e nenhum sistema econômico pode ser considerado correto se priva grandes populações desse direito. Com a encíclica Sollicitudo rei socialis, (1987), retomando a Populorum Progressio e acrescentando a distinção entre progresso e desenvolvimento, o papa indica uma natureza moral do desenvolvimento, isto é,  o capital não pode estar acima da vida humana, antes deve existir para promover a Paz. Por fim, na encíclica Centesimus annus, (1991), em meio às fortes mudanças políticas na Europa e no leste europeu, o papa afirma que o autêntico desenvolvimento humano ocorre quando a humanidade reconhecer Deus em cada ser humano. Com isso, o papa deseja alertar que a natureza da DSI é religiosa e não ideológica. Em 1991, deu-se início à sistematização do corpus doutrinal da DSI, que foi promulgado em 2004, com o nome Compêndio da Doutrina Social da Igreja.
 O magistério social depois da promulgação do Compêndio
h) O oitavo momento, já depois da promulgação do Compêndio, dá-se com o magistério de Bento XVI, através da encíclica Deus Caritas Est (2006), especialmente em sua segunda parte, denominada “A prática do amor pela Igreja”, quando alerta que a justiça é fruto da caridade e todos têm responsabilidade por ela, especialmente aqueles que exercem funções públicas. Todavia, o documento mais expressivo é a encíclica Caritas in Veritate (2009), baseada na  encíclica Populorum Progressio. Diante da globalização e da ameaça de uma recessão econômica, o papa Bento XVI afirma a urgente necessidade de reformas dos organismos políticos que têm influência sobre a economia internacional, dentre eles a ONU, um organismo com enorme força moral. Exorta os países ricos a ajudarem os países pobres, para que a crise não se aprofunde e lembra que o desenvolvimento exige o reordenamento da economia e o desarmamento.
i) O nono momento se apresenta com o papa Francisco, encarnando a DSI através de sua simplicidade e de seu testemunho. Seu ministério petrino ainda é muito recente, mas a maioria de suas pregações valoriza a promoção humana. Recentemente, ocorreu em Roma o terceiro Festival da Doutrina Social da Igreja, cujo tema era ‘Menos desigualdades, mais diferenças’. Na mensagem dirigida ao grupo responsável por esse evento, recordando a crise social de desemprego de jovens em vários países, o que ele chama de ‘hipoteca social para o futuro’, o papa afirma que a DSI contém “um patrimônio de reflexão e de esperança que é capaz também hoje de orientar as pessoas e de as manter livres” e que isso se constitui como uma ‘mística’ para todos os que desejam ser discípulos de Jesus Cristo em nosso tempo’.
Insistentemente, o papa tem afirmado que a motivação para envolvimento dos cristãos em obras sociais e/ou assistenciais não deve ser apenas por filantropia como fazem ONG’s e empresários, mas sim por uma exigência evangélica de compaixão e comunhão com os que estão privados de sua dignidade, pois em cada pessoa há o rosto do Cristo sofredor.   
Por fim, cabe destacar que a Igreja Latino-americana, através das cinco Conferências Episcopais, no esforço de implantar as orientações do Concilio Vaticano II, produziu importantes documentos, que foram incorporados ao Magistério Eclesial. Eles foram e continuam sendo fundamentais e paradigmáticos. Medellin (1968) e Puebla (1979)  apresentaram a questão da dignidade humana aviltada nesse Continente, principalmente pelos regimes militares e pelos sistemas neoliberais que os vários governos impuseram aos seus povos. Essas duas Conferências foram fundamentais para fazer a Igreja do Brasil assumir o Concílio Vaticano II. Elas também foram importantes na construção de uma metodologia pastoral própria, que se constitui na Opção Preferencial pelo Pobres, o que propiciou legitimidade ao profetismo de bispos, padres, religiosos e leigos que se perfilaram na defesa da vida humana. Hoje vivemos a forte influência da Conferência de Aparecida (2007), que, dilatando o conceito de missão, convida a Igreja a repensar profundamente sua ação evangelizadora, fazendo de todos os seus membros discípulos e missionários de Cristo, Caminho, Verdade e Vida, e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias para que n’Ele todos os povos tenham vida.
 Notas
[1] Encíclica é um documento solene através do qual o papa exerce ordinariamente seu magistério. Ela é  dirigida a todos os bispos, todas as dioceses e a todos os fiéis.
[2] “O princípio da subsidiariedade indica que, na sociedade, as instituições e organismos de ordem superior devem se colocar em atitude de ajuda (‘subsidium’) – e, portanto, de apoio, promoção e incremento – em relação às menores (CDSI, 186).’ in  Alexandre Ribeiro, O que é a Doutrina social da Igreja? Para quem se interessar em aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, sugerimos a leitura das e-referências abaixo.
 E-Referências
Alexandre Ribeiro, O que é a Doutrina social da Igreja? publicado em Aleteia em 01/02/2013 acessado em 23/04/14.
Klauber Cristofen Pires, O princípio da Subsidiariedade, publicado em Libertatum em 09/06/2011 e acessado em 06/05/2014.
Thais Novaes Cavalcanti, O princípio da subsidiariedade e a dignidade da pessoapublicado em FSBA, Revistas Diálogos Possíveis e acessado em 06/05/2014.
 Para Refletir:
1) Quais os pontos fundamentais (palavras chave) que perpassam a maioria dos documentos do magistério sobre a questão social ?
2) Dentre os direitos defendidos pelo Magistério Social, qual(is) dele(s) você julga fundamental(is)?
3) As Conferências continentais e nacionais da América Latina acolheram e ampliaram as diretrizes da Doutrina Social da Igreja. Na sua Diocese e/ou Paróquia essas diretrizes estão sendo efetivamente aplicadas? Se sim, em que sentido? Se não, o que está faltando para que isso aconteça?

Ao fazer uso deste texto, favor citar a fonte.  
http://www.ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/ficha-62-acenos-historicos-da-doutrina-social-da-igreja-dsi-7a/

On quarta-feira, junho 25, 2014 by PASCOM - coreaú
No dia 27 de junho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, é celebrado o Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. Em preparação para a data, o arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom Pedro Brito Guimarães, publicou uma mensagem a todos os sacerdotes. Leia, na íntegra, o texto: 
 Mensagem para o dia de oração pela santificação dos sacerdotes
Caríssimos irmãos sacerdotes,
Tenho Sede!
Todo ano, a Igreja promove a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, por ocasião da festa do Sagrado Coração de Jesus que, neste ano, será no dia 27 de junho. Neste dia, ela convida todo o povo de Deus de nossas comunidades eclesiais, bem como as pessoas de boa vontade, para rezarem pelos seus sacerdotes para que, fiéis aos compromissos assumidos no dia da ordenação presbiteral, tenhamos uma vida íntegra e santa, de íntima e profunda comunhão com Jesus. Pois somente assim poderemos amar verdadeiramente o rebanho do Senhor que nos foi confiado.
A santidade, além de ser um projeto pessoal de vida, deve ser também um projeto pastoral. São João Paulo II, no ano 2000, assim se expressou: “em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para onde deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (NMI 30). E o apóstolo Paulo: “A vontade de Deus é que sejais santos” (1 Ts 4,3). Tudo na vida e na missão de um sacerdote deve ter a marca da santidade. Sem santidade, estamos sem horizonte, não somos nada, não valemos nada e não fazemos nada de bom.
No Cenáculo, durante a Última Ceia, ao instituir a Eucaristia, o mandamento do amor fraterno e o sacerdócio ministerial, Jesus, o Santo e a fonte de toda santidade, revelou aos seus discípulos um dos seus desejos mais profundos: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, e vós, os ramos” (cf. Jo 15,4-5). Permanecer em Jesus é a alegria verdadeira de nossa vida. Sem Ele, tudo em nossa vida emudece e perde sentido. Pois, foi Ele mesmo quem disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). Decorrem desta íntima união com Jesus Cristo a conversão pessoal e pastoral, a solicitude pastoral pelos pobres e sofredores e o ardor missionário. Em outras palavras, a santidade.
Hoje, mais do que em tempos passados, o sacerdote deve ser o homem de Deus. Aquele que não se mantiver firme na fé, alegre na esperança, perseverante na oração e firme nas tribulações (cf. Rm 12,12), terá vida breve e estéril.Na realidade atual, perdemos muito daqueles papéis sociais de destaque que, em tempo de cristandade, os nossos antepassados tinham. Além do mais, com o advento dos potentes meios de comunicação, as nossas fragilidades e feridas aparecem com maior clareza, exigindo de nós mais coerência de vida e testemunho de santidade. Precisamos sempre ser pastores identificados com Jesus e com sua Igreja, pobre e para os pobres. Precisamos ser sacerdotes acolhedores, solidários, fraternos com os irmãos, encantados e apaixonados pela missão. Enfim, precisamos de sacerdotes santos. Sem a lógica da santidade, o ministério sacerdotal vale muito pouco e não passa de uma simples função social.
Neste sentido, é mister recordar o que o papa Bento XVI disse certa vez: "existem algumas condições para que haja uma crescente harmonia com Cristo na vida do sacerdote: o desejo de colaborar com Jesus para propagar o Reino de Deus, a gratuidade no serviço pastoral e a atitude de servir".O encontro com Jesus deixa o sacerdote fascinado, encantado e apaixonado por sua pessoa, suas palavras e seus gestos. É como ser atingido pela irradiação de bondade e de amor que emanam d’Ele, a ponto de querer ficar com Ele como os dois discípulos de Emaús. Cada sacerdote deveria diariamente pedir a Jesus: “Fica conosco, pois já é tarde e à noite vem chegando” (Lc 24,29). Quem se encanta por Jesus, entra em sintonia e em amizade íntima com Ele, e tudo passa a ser feito como agrada a Deus. Ser sacerdote não é mérito nosso. É um dom a ser vivido na companhia de Jesus com gratidão e generosidade.
E acrescenta o papa Bento XVI: "o convite do Senhor para o ministério ordenado não é fruto de mérito especial, mas é um dom a ser acolhido a que se corresponde dedicando-se não apenas a um projeto individual, mas ao de Deus, totalmente generoso e desinteressado. Nunca nos devemos esquecer, como sacerdotes, que a única subida legítima rumo ao ministério do pastor não é aquela do sucesso, mas a da cruz”.
Cai bem aqui o que disse o papa Francisco: “Conscientes de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos em seu favor para esperar nas coisas de Deus, exercitem com alegria e com caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não a si mesmos. Sejam pastores, não funcionários. Sejam mediadores, não intermediários”.
O coração do sacerdote é um coração sempre aberto para amar, acolher, celebrar e agradecer. Permitam-me, amados de Deus, concluir esta mensagem reportando, mais uma vez, ao que disse recentemente o papa Francisco sobre a necessidade de amar e santificar a nossa vocação sacerdotal. Diz ele: “Os sacerdotes, mais do que estudiosos, são pastores. Não podem nunca se esquecer de Cristo, seu primeiro amor, e devem permanecer sempre do seu lado.Como está hoje o meu primeiro amor? Estou enamorado como no primeiro dia? Estou feliz contigo ou te ignoro? São perguntas que temos que fazer com frequência diante de Jesus. Porque Ele pergunta isso todos os dias, como perguntou a Pedro: Simão, filho de João, tu me amas? Continuo enamorado de Jesus como no primeiro dia ou o trabalho e as preocupações me fazem olhar para outras coisas e esquecer um pouco o amor”?
Caríssimos, tenhamos sempre diante dos nossos olhos o exemplo e Jesus, o Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir e para procurar a ovelha, a moeda e filho perdidos e salvá-los (cf. Lc 15,4ss). Prometo, no dia do Sagrado Coração de Jesus, rezar de modo especial por todos vocês, sacerdotes do Senhor, a fim de que a vida e o ministério de vocês sejam vividos na alegria do Evangelho que nos liberta do pecado, da tristeza, do vazio interior e do isolamento. Peço também que todos os cristãos católicos façam momentos de oração, de adoração e súplica, pessoalmente ou reunidos em comunidade, implorando a Deus pela santificação dos nossos sacerdotes, tesouro precioso saído do Coração de Jesus. Que Maria, mãe dos sacerdotes, nos ajude a ter um coração manso e humilde como o Coração do seu Filho.
E todos, em uníssono, num só coração e numa só alma, possamos dizer: Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em vós! Amém!
Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas 
Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada



fonte: http://cnbb.org.br/imprensa-1/14452-mensagem-para-o-dia-de-oracao-pela-santificacao-dos-sacerdotes